Estava em casa, quando o telefone tocou. Era minha vó e durante a conversa esbarramos com o assunto da minha sexualidade. Minha vó ficou por praticamente 1 minuto e meio, pensando qual palavra deveria se referir a minha sexualidade e no fim, ela simplesmente disse "opinião". Logo após me pediu desculpas, pois não sabia o termo correto.
Minha vó só estudou até o 5º ano do Ensino Fundamental e por mais que ela tenha falado o termo errado, pois nem tem orientação necessária a isso, pediu desculpas e disse que falaria do jeito certo dali em diante.
Indo pra situação da novela, a quantidade de comentários preconceituoso
e violentos na Internet sobre o assunto foi enorme, preocupante.
Pessoas que tem muito mais estudo e "esclarecimento" que minha vó (muito
mais jovens também) e se mostraram verdadeiros seres irracionais.
Ninguém parou um minuto, pra pensar no que estava falando, nas
consequências.
Por que ninguém simplesmente desliga a TV ao invés de sentar numa confortável cadeira e proferir violências por toda parte na internet? Em que parte, um simples beijo agride a família brasileira se praticamente 24 horas por dia se tem notícias de violência, sangue escorrendo pela TV? Isso não incomoda?
Nunca vi ninguém pedindo pra tirar aqueles programas do Datena e sei lá mais quem do ar, porque mostra o "fim da família tradicional" por meio da violência.
Não me interessa, se faço parte da família tradicional do comercial de margarina, o que me interessa é que no final daquela ligação minha vó me disse "Eu te amo" e eu pude dizer "Eu também te amo".
Família é isso. Amar é isso, sem mais.
Por que ninguém simplesmente desliga a TV ao invés de sentar numa confortável cadeira e proferir violências por toda parte na internet? Em que parte, um simples beijo agride a família brasileira se praticamente 24 horas por dia se tem notícias de violência, sangue escorrendo pela TV? Isso não incomoda?
Nunca vi ninguém pedindo pra tirar aqueles programas do Datena e sei lá mais quem do ar, porque mostra o "fim da família tradicional" por meio da violência.
Não me interessa, se faço parte da família tradicional do comercial de margarina, o que me interessa é que no final daquela ligação minha vó me disse "Eu te amo" e eu pude dizer "Eu também te amo".
Família é isso. Amar é isso, sem mais.